A Editora
Agora, falando sério; passar de escritor para
editor até que não é difícil. Afinal, o escritor tem que lidar com editores e
acaba conhecendo os macetes.
Para mim, que sofri na pele o grande problema
de venda e distribuição de livros, não foi difícil vestir a camisa do autor e
absorver seus temores e dificuldades.
Muitos acham que, ao contrário do
Conselheiro, do Mestre Machado – os escritores não comem; então, exige-se tudo
deles e nada lhes é dado.
Assim, você escreve seu livro, sonha com ele,
envia os arquivos para a editora, acerta os custos e fica na espera.
Expectativa. Esperança. Paciência...
O livro chega às suas mãos cheirando a novo –
tem coisa mais gostosa que cheiro de livro novo? – e aí começam as
preocupações. O livro tem que ser divulgado, lançado, vendido.
Como fazer?
Sabe o caçador que esqueceu o rolinho
de fumo do caipora? Assim é você. Preso na mata, sem rumo ou apoio.
Alguns vendem 20, 30 exemplares e ficam
felizes. Outros, “pagam mico” no mesmo dia do lançamento; quase ninguém vai,
além dos amigos e parentes.
Você cria coragem e se dirige às livrarias
que, invariavelmente, lhe respondem:
- Não vendemos livros de autores baianos;
- Não vendemos livro de poesia;
- Não vendemos livro de autoajuda;
- Autor novo e desconhecido é difícil de
vender.
Mas, o que fazer se você é poeta?
Também não vai dizer que nasceu em outro
lugar. E, como poderá ser um velho autor conhecido se não pode se divulgar?
Console-se. Grandes nomes da Literatura já
passaram por isso.
Editores e livreiros são comerciantes.
Precisam ganhar para manter seus negócios e seu público. E, tome a vender Crepúsculo e
outras bobagens importadas.
Resta-nos o grande comprador de livros: o
governo.
Millôr já dizia que antes um bom escritor
tinha apenas que saber escrever. Hoje, basta ser adotado nas escolas.
Mas, para isso tem que participar de editais
e licitações.
Na Bahia, é porteira fechada; uma grande
fundação domina tudo. Viva os amigos do rei!
Aí, você tem um estalo: Temos a Internet!
Ora, eu tenho um blog, escrevo em sites, publico
em jornais virtuais e sou acolhido por um bom público, cerca de 100 pessoas.
Pelo menos, venderei 100 livros. – ledo engano...
A maioria dessas pessoas ou são escritores ou
estão tentando ser; nenhum deles vai comprar o seu livro.
Todos vão elogiar, vão se referir ao seu
talento, vão até recomendar... e, só.
Se internautas comprassem livros eu que tenho
– segundo woopras, feedjits e Google – mais de milhão de leitores na rede,
seria best-seller.
Mas, tem uma técnica para se vender livros
que nunca falhou desde a Era Industrial. E, para quem foi, como eu,
vendedora premiada várias vezes vendendo livro pelo Brasil e treinando
vendedores, esse segredo me foi confiado. Ele está ajudando a vender meus
livros e ajudará a vender também os seus, caro escritor.
Esse segredo ajudará, ainda, a evitar a
“causa mortis” da maioria dos editores.
Sabe como é que eles se suicidam?
Se jogam do alto da pilha de livros que
encalharam, editados por eles.
Não quero isso para mim nem para você.
Vamos trabalhar juntos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário