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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A Editora



A Editora

Agora, falando sério; passar de escritor para editor até que não é difícil. Afinal, o escritor tem que lidar com editores e acaba conhecendo os macetes.
Para mim, que sofri na pele o grande problema de venda e distribuição de livros, não foi difícil vestir a camisa do autor e absorver seus temores e dificuldades.
Muitos acham  que, ao contrário do Conselheiro, do Mestre Machado – os escritores não comem; então, exige-se tudo deles e nada lhes é dado.
Assim, você escreve seu livro, sonha com ele, envia os arquivos para a editora, acerta os custos e fica na espera. Expectativa. Esperança. Paciência...
O livro chega às suas mãos cheirando a novo – tem coisa mais gostosa que cheiro de livro novo? – e aí começam as preocupações. O livro tem que ser divulgado, lançado, vendido.
Como fazer?
Sabe o caçador  que esqueceu o rolinho de fumo do caipora? Assim é você. Preso na mata, sem rumo ou apoio.
Alguns  vendem 20, 30 exemplares e ficam felizes. Outros, “pagam mico” no mesmo dia do lançamento; quase ninguém vai, além dos amigos e parentes.
Você cria coragem e se dirige às livrarias que, invariavelmente, lhe respondem:
- Não vendemos livros de autores baianos;
- Não vendemos livro de poesia;
- Não vendemos livro de autoajuda;
- Autor novo e desconhecido é difícil de vender.
Mas, o que fazer se você é poeta?
Também não vai dizer que nasceu em outro lugar. E, como poderá ser um velho autor conhecido se não pode se divulgar?
Console-se. Grandes nomes da Literatura já passaram por isso.
Editores e livreiros são comerciantes. Precisam ganhar para manter seus negócios e seu público. E, tome a vender Crepúsculo e outras bobagens importadas.
Resta-nos o grande comprador de livros: o governo.
Millôr já dizia que antes um bom escritor tinha apenas que saber escrever. Hoje, basta ser adotado nas escolas.
Mas, para isso tem que participar de editais e licitações.
Na Bahia, é porteira fechada; uma grande fundação domina tudo. Viva os amigos do rei!
Aí, você tem um estalo: Temos a Internet! Ora, eu tenho um blog, escrevo em sites, publico em jornais virtuais e sou acolhido por um bom público, cerca de 100 pessoas. Pelo menos, venderei 100 livros. – ledo engano...
A maioria dessas pessoas ou são escritores ou estão tentando ser; nenhum deles vai comprar o seu livro.
Todos vão elogiar, vão se referir ao seu talento, vão até recomendar... e, só.
Se internautas comprassem livros eu que tenho – segundo woopras, feedjits e Google – mais de milhão de leitores na rede, seria best-seller.
Mas, tem uma técnica para se vender livros que nunca falhou desde  a Era Industrial. E, para quem foi, como eu, vendedora premiada  várias vezes vendendo livro pelo Brasil e treinando vendedores, esse segredo me foi confiado. Ele está ajudando a vender meus livros  e ajudará a vender também os seus, caro escritor.
Esse segredo ajudará, ainda, a evitar a  “causa mortis” da maioria dos editores.
Sabe como é que eles se suicidam?
Se  jogam do alto da pilha de livros que encalharam, editados por eles.
Não quero isso para mim nem para você.
Vamos trabalhar juntos?

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