Você,
leitor,senta-se na sua poltrona confortável e abre um livro.
Você
terá, com certeza ,horas divertidas ou
instrução garantida,uma viagem magnífica pela mente de outra pessoa e novos
conceitos surgirão dentro de si mesmo, mudando idéias pré-estabelecidas e trazendo novas maneiras de ver as coisas.
Esse
pequeno objeto chamado livro pode mudar uma sociedade; e,já fez isso muitas
vezes. O livro é também o seu amigo mais fiel; o livro é o cachorro impresso.
O
trabalho do leitor termina ai; começou com a idéia da compra do livro,a decisão
de fazê-lo,(apesar dos altos percentuais
exigidos por livreiros e o alto custo
gráfico ),a ida à livraria,o prazer da degustação e escolha,a volta prá casa
e,por fim,a leitura.
Se o
autor for bom,você não para de virar a página;às vezes almoça de livro na mão só
o fechando quando a leitura acaba.
Que
pena que terminou!
É
como se um bom amigo,de conversa lúcida e agradável,de repente,partisse.Você já
começa a ficar saudoso.
A
gente sabe que um escritor é bom, dizia Salinger,quando o livro acaba e ficamos
com vontade de telefonar prá ele.
O
que o leitor comum não sabe é a verdadeira batalha inglória que é publicar um
livro,no Brasil.
O
autor desconhecido – e, todos começam assim –tem que se vestir de paciência e
persistência para publicar sua obra.
Primeiro,
o trabalho de parir um livro – como todo parto, doloroso! -
Nós
inventamos um romance, ou uma crônica a partir daquilo que conhecemos e das
experiências que tivemos,então escrevemos como se estivéssemos contando a
estória para nossos filhos.
Depois,
insistir com editores pouco ou nada acessíveis,muito mais dispostos em investir
em “best-sellers” comprados a metro,do que apostar num autor novo que ninguém
conhece.
A
vantagem dos livros estrangeiros é que já vêm com uma larga publicidade, marketing
e merchandising juntos ”trabalhando” o livro e ,aproveitando a mídia, para impor
o trabalho ao leitor.
–O
brasileiro não lê, dizem eles.Editoras e distribuidores são negócios,como
qualquer outro;como vamos perder dinheiro?
Ai, começa
a” via-crucis” do autor;nenhuma editora
o quer;ele trabalha duro,confia no seu taco,adora escrever,quer repassar suas experiências,modificar
preconceitos,mas,esbarra na barreira dos custos.
Se
pode, paga para ser publicado,uma ideia que esposo mesmo antes de ser editora,pois,livro
é investimento e ,quando bem aceito e bem trabalhado rende mais que a
poupança,embora seja tão arriscado quanto a Bolsa.Isto se for editado mais de
mil exemplares e for trabalhado pelo próprio autor.
A evolução do livro
Tudo
bem, uma batalha foi vencida,mas,a guerra está longe de terminar.
Pronto
o livro, tem que vendê-lo.Como?
Publicidade,mídia
eletrônica ou não,custa muito caro.Muitas livrarias não querem livros
consignados.
Com
a internet,abriu-se uma pequena luz no fim do túnel;podemos vender e divulgar
nossos livros através de e-mails,blogs,sites,Google books, lojas virtuais etc e
o leitor passará a nos conhecer.Mas,entre conhecer e desejar adquirir vai uma
longa distancia.(Tenho mais de1.000 000.000 leituras na rede;se todos os meus
leitores comprassem meus livros eu já
teria virado “best-seller”.)
Por
isso, caro leitor não se irrite se receber um e-mail assim;delete,não compre se
não lhe convém (ainda é melhor que os antigos vendedores de porta- em –porta,
de quem a gente custava a se livrar),porque
para muitos escritores esse é o único meio de divulgar seu trabalho.
Como
escritora recebo ou compro livros de
muitos colegas e fico feliz de ver a qualidade dos seus trabalhos,a dedicação
às letras que eles têm e,me entristeço ao pensar
:-Que
pena,trabalhos como esses se perdem e
muitos jamais conhecerão.
E,com
um riso amargo,me lembro que Balzac escrevia folhetins em papel
jornal,H,G.Wells foi tapeceiro para sobreviver,Machado teve seus livros
recusados diversas vezes e Shakespeare usava o teatro para divulgá-los.
E,se
um golpe de sorte não os tivesse tirado do ostracismo?
Dondon,o gato escritor
Mas,não,não,me
enganei nas palavras;foi uma dose de sorte,sim,porém,a palavra certa é
persistência.Shaw dizia que sucesso é 10% de inspiração e 90% de transpiração.
Eu procuro
diariamente o leitor; ele pode não me dar bola,não comentar,não comprar meus
livros,mas,quero me fazer presente sem ser chata,respeitando o direito do leitor
que não quer receber e-mails evitando,sobretudo,spams, mas, tentando me fazer
presente e mostrar meu trabalho.Agradeço
o bom retorno que tive e tenho.
Como acreditava Hemingway,quando uma pessoa tem a
habilidade de escrever e o desejo de escrever,não há crítico que possa causar
danos ao seu trabalho se este for bom,ou salvá-lo se for ruim.
Tarde de autógrafos
AUTORES DA PIMENTA QUE VENCERAM A 2ª BATALHA
GARRA,DETERMINAÇÃO E QUALIDADE
E UMA AJUDINHA DA PIMENTA...
JOSÉ CLÁUDIO ADÃO
VIDA DE PEÃO
1ª EDIÇÃO ESGOTADA
ANA BAILUNE
VAI FICAR TUDO BEM
E FICOU:1ª EDIÇÃO ESGOTADA
JOSÉ ORLANDO DOS SANTOS
A MALDITA CACHAÇA
1ª EDIÇÃO ESGOTADA
O AUTOR VAI PARTIR PARA 1000 LIVROS NA 2ª EDIÇÃO
MIRIAM DE SALES OLIVEIRA
A BAHIA DE OUTRORA (3ª EDIÇÃO)
CONTOS APIMENTADOS (2ª EDIÇÃO)
ESGOTADOS
AMBOS TERÃO UMA NOVA EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA ,EM OUTUBRO
QUEM VEM POR AI:
CONTOS E CAUSOS,2ª EDIÇÃO -MIRIAM SALES
A FILHA DO PADEIRO GALEGO - AMÁLIA GRIMALDI
POEMAS DE AMOR E FÉ -MARIVALDO DA HORA
A SUAVE BRISA DO AMOR -DINARTE PORTELA
EM NOVEMBRO:
TRAÇOS & TRILHAS
A 1ª SELETA DA EDITORA PIMENTA MALAGUETA
LANÇAMENTO EM NOVEMBRO DURANTE A FESTA LITERÁRIA DE PERNAMBUCO,FLIPORTO
SAUDAÇÕES LITERÁRIAS
2 comentários:
Adorei o texto, o relato verdadeiro e sentimental da saga de publicar livros, o blog e os títulos enumerados. Sou filha de um padeiro galego, me interessei pelo livro da Amália Grimaldi.
Breve, na FLLICA, pretendo adquirir o meu primeiro livro seu, com direito a autógrafo.
Beijos literários, poéticos e encorajadores de quem está quase fechando a primeira, quiçá de muitas publicações com a Pimenta malagueta.
Ôba,quero ver seu nome nesta lista de vitoriosos.E,spero muito te conhecer na FLICA.A Amália tb estará lá. bjs
Postar um comentário